Agora, somente, encontro a tranquilidade no meu silêncio ou nas minhas conversas comigo mesma. Dou por mim a pensar de como seria se não tivesse cometido os erros que cometi, se não tivesse tido as atitudes que tive em relação a ti, em relação ao nosso Mundo, mas acabo por chegar a conclusões nulas, por isso, fecho os olhos e adormeço. Ao outro dia acordo e volto a perguntar a mim mesma, as mesmas questões do dia anterior, mas as respostas não aparecem.
Já me aconteceu ouvir várias músicas e tremer por me recordar tão bem de todos os teus traços.
Durante todos os dias sinto falta de ti, do cheiro característico da tua pele e da tua roupa e desejar sentir-te só mais uma vez.
Quando estou refugiada em todos estes pensamentos que tenho dia após dia, interrogo-me a mim mesma sobre o porquê de necessitarmos tanto de outra pessoa, o porquê de termos que gostar de outra pessoa, o porquê de não sermos um pouco igoístas e gostarmos somente de nós próprios.
Durante imenso tempo construimos uma vida a dois, repartindo assim: momentos, desejos presentes e futuros, recordações, vivências,sentimentos, etc, e de um dia para o outro tudo isso acaba e ninguém nesse preciso momento assume os erros porque ninguém os comete. Tudo não passa do acaso da vida. E a desculpa será sempre ‘foi, porque tinha que ser’.
Presentemente digo: Fui eu a culpada!
Na altura não vi a razão, não dei ouvidos a quem devia de ter dado, e hoje arrependo-me como nunca me tinha arrependido antes. Hoje olho para ti, e o sentimento é de Ódio, ódio não de ti, mas sim de mim mesma. Doí e muito, ver alguém que gostamos e não poder fazer nada. Depois de te ver, volto mais uma vez a recordar todos os momentos que passei contigo, todas as coisas que trocamos um com o outro, todos os sentimentos que trocamos no passado. Hoje para ti, isto resume-se tudo a essa palavra, PASSADO.